Za ginipiggu 6: Peter no Akuma no Joi-San
Hajime Tabe
1990
Sou altamente estimulado pelo bizarro e não consigo desconsiderar o fato de o filme ser uma peça surpreendentemente imprevisível de splatter comedy.
★★★★★ 3/5
Taverna do Lugar Nenhum » Filmes » Cinema Japonês » J-Horror
Momento histórico: Roger Henri, compositor da abertura do Supercine, apresenta o restante da música.
Melancolia, luzes apagadas, o barulho da geladeira e a solidão da madrugada.
Pegue uma água, mas sem fazer barulho – você está com insônia de novo. Apenas curta a solitude. 🎷🎹🥃🛋️🎥
Fev 17
Momento histórico: Roger Henri, compositor da abertura do Supercine, apresenta o restante da música.
Melancolia, luzes apagadas, o barulho da geladeira e a solidão da madrugada.
Pegue uma água, mas sem fazer barulho – você está com insônia de novo. Apenas curta a solitude. 🎷🎹🥃🛋️🎥
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Barbie Elisasue ...
Still Life do Van der Graaf Generator é o meu disco favorito da banda.
Consigo entender quem prefira obras como Paw Hearts, que eu adoro, mas nenhum me cativa tanto quanto este.
Peter Hammill, o vocalista da banda, conduz o disco todo — ele é o grande regente aqui. Sempre gostei de Hammill como vocalista, e sua performance nesse disco é, definitivamente, uma das melhores que já ouvi.
Ao longo do álbum, temos vocais líricos e evocativos se misturando com lamentos fantasmagóricos e sombrios, explodindo em gritos ardentes e ríspidos. Muitas vezes, todas essas nuances estão concentradas em uma única música.
O grande atrativo do disco é como esses vocais se relacionam com as letras, que regem toda a obra. As letras, todas escritas por Hammill, conduzem o temperamento dos vocais, que, por sua vez, orientam a instrumentação.
As letras do disco são introspectivas e, aparentemente, oriundas de reflexões muito pessoais de Hammill. Nelas é possível identificar nelas reflexões existencialistas, deliberações melancólicas sobre a impermanência da vida e até mesmo questões sobre a eternidade, refletidas nos temas da dualidade vida-morte e da fragilidade e perecibilidade humana.
Desde o disco anterior, Godbluff, Peter Hammill assumiu a liderança nas composições da banda. Antes disso, embora ele já tivesse uma presença marcante, não era tão hegemônico. Com essa mudança, a sonoridade da banda se tornou mais sóbria, menos experimental e mais harmonicamente orientada.
Há perdas e ganhos nesse processo, mas, em vez de reclamar, sou grato por poder apreciar propostas tão diversas e até conflitantes.
A instrumentação perde um pouco de sua voz ativa para se tornar submissa e orientada pelas letras e pela voz de Hammill, que inquestionavelmente se torna a figura central do grupo. Músicas como A Plague of Lighthouse Keepers (minha favorita da banda), por exemplo, com suas seções instrumentais longas e narrativas dão lugar a canções mais declamadas.
Still Life é a síntese de goth rock, rock progressivo e jazz — sem se parecer exatamente com nenhum desses gêneros. É um disco único, que sublima categorizações óbvias e que ainda ressoa em mim, mesmo após tantas escutas.
⭐⭐⭐⭐⭐
Fev 15
Still Life do Van der Graaf Generator é o meu disco favorito da banda.
Consigo entender quem prefira obras como Paw Hearts, que eu adoro, mas nenhum me cativa tanto quanto este.
Peter Hammill, o vocalista da banda, conduz o disco todo — ele é o grande regente aqui. Sempre gostei de Hammill como vocalista, e sua performance nesse disco é, definitivamente, uma das melhores que já ouvi.
Ao longo do álbum, temos vocais líricos e evocativos se misturando com lamentos fantasmagóricos e sombrios, explodindo em gritos ardentes e ríspidos. Muitas vezes, todas essas nuances estão concentradas em uma única música.
O grande atrativo do disco é como esses vocais se relacionam com as letras, que regem toda a obra. As letras, todas escritas por Hammill, conduzem o temperamento dos vocais, que, por sua vez, orientam a instrumentação.
As letras do disco são introspectivas e, aparentemente, oriundas de reflexões muito pessoais de Hammill. Nelas é possível identificar nelas reflexões existencialistas, deliberações melancólicas sobre a impermanência da vida e até mesmo questões sobre a eternidade, refletidas nos temas da dualidade vida-morte e da fragilidade e perecibilidade humana.
Desde o disco anterior, Godbluff, Peter Hammill assumiu a liderança nas composições da banda. Antes disso, embora ele já tivesse uma presença marcante, não era tão hegemônico. Com essa mudança, a sonoridade da banda se tornou mais sóbria, menos experimental e mais harmonicamente orientada.
Há perdas e ganhos nesse processo, mas, em vez de reclamar, sou grato por poder apreciar propostas tão diversas e até conflitantes.
A instrumentação perde um pouco de sua voz ativa para se tornar submissa e orientada pelas letras e pela voz de Hammill, que inquestionavelmente se torna a figura central do grupo. Músicas como A Plague of Lighthouse Keepers (minha favorita da banda), por exemplo, com suas seções instrumentais longas e narrativas dão lugar a canções mais declamadas.
Still Life é a síntese de goth rock, rock progressivo e jazz — sem se parecer exatamente com nenhum desses gêneros. É um disco único, que sublima categorizações óbvias e que ainda ressoa em mim, mesmo após tantas escutas.
⭐⭐⭐⭐⭐
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Estefanía Carpio ...
Dia de São Valentim
Normies: chocolates, refeições à luz de velas e cartas de afeto
Católicos: decapitação, relíquias, restos mortais, perseguição, martírio (e umas florezinhas)
Fev 14
Dia de São Valentim
Normies: chocolates, refeições à luz de velas e cartas de afeto
Católicos: decapitação, relíquias, restos mortais, perseguição, martírio (e umas florezinhas)
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“Muçei”, ca. 1901 - Alfred Kubin (Austrian, 1877-1959) ...
Há um texto antigo da tradição persa, parte do "Avesta", que descreve a jornada da alma (urvan) após a morte. Chama-se Hādōxt Nask, um poema (como é de costume da religião).
Além de belíssimo literariamente, há uma certa projeção erótica na descrição das entidades envolvidas e mencionadas nesse poema, além de um interessante mapeamento cósmico por regiões intermediárias entre o mundo material e as zonas celestes.
Se a alma (urvan) for de um homem justo, ela permanece ao lado do seu corpo durante três dias, como se estivesse velando, junto com familiares e amigos do morto.
Por volta do término da terceira noite, um vento perfumado eleva-se do Sul, e a daena do morto aparece "sob a forma de uma formosa jovem, radiosa, de braços brancos, cheia de vigor, de bela aparência, reta de corpo, grande, de seios empinados...".
Daena (ou Den) é um conceito central que representa a "consciência espiritual" ou a "visão interior" de uma pessoa. Em essência, a daena é a personificação da fé e da conduta ética de cada um.
Ela é individualizada, mas se manifesta em uma aparência específica: sempre é essa mulher de proporções sensuais, ao mesmo tempo delicada.
Ao revelar sua identidade, a daena acrescenta: "Gentil que eu era, tu me tornaste mais gentil por teus bons pensamentos, por tuas boas palavras, por tuas boas ações, por tua boa religião; bela, tu me tornaste ainda mais bela; desejável, ainda mais desejável me fizeste".
Toda boa ação, todo ato de misericórdia, todo ato de caridade, todo ato de perdão – sua daena fica mais bonita.
Ela apresenta-se sob uma forma feminina arquetípica: delicada e vaidosa.
Isso pode estar ligado a uma imaginação persa do que se aproxima materialmente da perfeição. O ser mais bonito da terra é uma mulher jovem e bonita, e a maior felicidade do homem é deixá-la mais bonita, com mais joias e mais perfumes.
Junto com a daena, caminha-se quatro passos e, depois, atravessa-se as esferas celestes, onde se encontra o paraíso.
A alma do mau, ao contrário, encontra no vento podre do norte uma pavorosa megera, que te pega pelo braço e te conduz para a região das trevas, onde se encontra Angra Mainyu, o inimigo de Ahura Mazda.
Fev 14
Há um texto antigo da tradição persa, parte do "Avesta", que descreve a jornada da alma (urvan) após a morte. Chama-se Hādōxt Nask, um poema (como é de costume da religião).
Além de belíssimo literariamente, há uma certa projeção erótica na descrição das entidades envolvidas e mencionadas nesse poema, além de um interessante mapeamento cósmico por regiões intermediárias entre o mundo material e as zonas celestes.
Se a alma (urvan) for de um homem justo, ela permanece ao lado do seu corpo durante três dias, como se estivesse velando, junto com familiares e amigos do morto.
Por volta do término da terceira noite, um vento perfumado eleva-se do Sul, e a daena do morto aparece "sob a forma de uma formosa jovem, radiosa, de braços brancos, cheia de vigor, de bela aparência, reta de corpo, grande, de seios empinados...".
Daena (ou Den) é um conceito central que representa a "consciência espiritual" ou a "visão interior" de uma pessoa. Em essência, a daena é a personificação da fé e da conduta ética de cada um.
Ela é individualizada, mas se manifesta em uma aparência específica: sempre é essa mulher de proporções sensuais, ao mesmo tempo delicada.
Ao revelar sua identidade, a daena acrescenta: "Gentil que eu era, tu me tornaste mais gentil por teus bons pensamentos, por tuas boas palavras, por tuas boas ações, por tua boa religião; bela, tu me tornaste ainda mais bela; desejável, ainda mais desejável me fizeste".
Toda boa ação, todo ato de misericórdia, todo ato de caridade, todo ato de perdão – sua daena fica mais bonita.
Ela apresenta-se sob uma forma feminina arquetípica: delicada e vaidosa.
Isso pode estar ligado a uma imaginação persa do que se aproxima materialmente da perfeição. O ser mais bonito da terra é uma mulher jovem e bonita, e a maior felicidade do homem é deixá-la mais bonita, com mais joias e mais perfumes.
Junto com a daena, caminha-se quatro passos e, depois, atravessa-se as esferas celestes, onde se encontra o paraíso.
A alma do mau, ao contrário, encontra no vento podre do norte uma pavorosa megera, que te pega pelo braço e te conduz para a região das trevas, onde se encontra Angra Mainyu, o inimigo de Ahura Mazda.
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Noites Brancas é uma obra escrita por Fiódor Dostoiévski, publicada pela primeira vez em 1848.
A história se passa em São Petersburgo, durante as chamadas “noites brancas”.
O protagonista é um jovem solitário e sonhador, que vagueia pela cidade refletindo sobre sua vida isolada e sua dificuldade de se conectar com os outros.
Em uma de suas caminhadas noturnas, ele conhece Nástienka, uma jovem que também parece solitária. Os dois começam a conversar e desenvolvem uma conexão emocional intensa, embora breve. O protagonista se apaixona por ela, mas descobre que Nástienka está esperando o retorno de um antigo amor, um homem que prometeu voltar para ela. Esse terceiro personagem, embora quase nunca apareça fisicamente, está presente de forma constante na narrativa, funcionando como uma espécie de barreira translúcida e intransponível entre os dois.
Translúcida porque sua ausência permite que o protagonista e Nástienka se aproximem e construam uma relação afetiva intensa. Intransponível porque, apesar do vínculo que se forma entre eles, Nástienka permanece obcecada pela espera daquele que nunca chega.
É fascinante como Dostoiévski constrói o protagonista, atribuindo-lhe a característica de “sonhador”. Ele é um personagem que pouco participa da vida concreta. Ele caminha pelas ruas de São Petersburgo observando propriedades, jardins e pessoas como se fossem meros personagens de sua imaginação.
O encontro com Nástienka traz o “sonhador” para uma dimensão mais real e palpável, onde o mundo exterior se torna, pela primeira vez para ele, uma fonte de contentamento.
No entanto, o amor de Nástienka pelo protagonista acaba se revelando uma tradução dolorosa de um sonho que se desfaz ao amanhecer. O final do conto é marcado por um anticlímax traumático, no qual o protagonista se vê confrontado com a realidade de que seu amor não será correspondido da forma que ele esperava.
Noites Brancas faz uma exposição crua de temas como amor romântico, amizade, afeto e paixão, explorando a tragédia de como essas emoções nem sempre convergem para o mesmo ponto, mas muitas vezes se dispersam de forma caótica.
Cena: Noites Brancas (Ivan Pyryev, 1960)
Fev 13
Noites Brancas é uma obra escrita por Fiódor Dostoiévski, publicada pela primeira vez em 1848.
A história se passa em São Petersburgo, durante as chamadas “noites brancas”.
O protagonista é um jovem solitário e sonhador, que vagueia pela cidade refletindo sobre sua vida isolada e sua dificuldade de se conectar com os outros.
Em uma de suas caminhadas noturnas, ele conhece Nástienka, uma jovem que também parece solitária. Os dois começam a conversar e desenvolvem uma conexão emocional intensa, embora breve. O protagonista se apaixona por ela, mas descobre que Nástienka está esperando o retorno de um antigo amor, um homem que prometeu voltar para ela. Esse terceiro personagem, embora quase nunca apareça fisicamente, está presente de forma constante na narrativa, funcionando como uma espécie de barreira translúcida e intransponível entre os dois.
Translúcida porque sua ausência permite que o protagonista e Nástienka se aproximem e construam uma relação afetiva intensa. Intransponível porque, apesar do vínculo que se forma entre eles, Nástienka permanece obcecada pela espera daquele que nunca chega.
É fascinante como Dostoiévski constrói o protagonista, atribuindo-lhe a característica de “sonhador”. Ele é um personagem que pouco participa da vida concreta. Ele caminha pelas ruas de São Petersburgo observando propriedades, jardins e pessoas como se fossem meros personagens de sua imaginação.
O encontro com Nástienka traz o “sonhador” para uma dimensão mais real e palpável, onde o mundo exterior se torna, pela primeira vez para ele, uma fonte de contentamento.
No entanto, o amor de Nástienka pelo protagonista acaba se revelando uma tradução dolorosa de um sonho que se desfaz ao amanhecer. O final do conto é marcado por um anticlímax traumático, no qual o protagonista se vê confrontado com a realidade de que seu amor não será correspondido da forma que ele esperava.
Noites Brancas faz uma exposição crua de temas como amor romântico, amizade, afeto e paixão, explorando a tragédia de como essas emoções nem sempre convergem para o mesmo ponto, mas muitas vezes se dispersam de forma caótica.
Cena: Noites Brancas (Ivan Pyryev, 1960)
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Midnight Club: Street Racing
Times Square (2000)
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