Search
Close this search box.

Este disco é o registro de Ryo Fukui em Nova York, com Lisle Atkinson no baixo e Leroy Williams na bateria.

Gravado em fevereiro de 1999 no Avatar Recording Studios, o álbum e um registro do famoso pianista de Sapporo brilhando com versões poéticas de “Hot House” (Charlie Parker), “All the Things You Are” (Jerome Kern), “Red Carpet” (Duke Ellington), “Bouncing With Bud” (Bud Powell), “Embraceable You” (George Gershwin), “Just One of Those Things” (Cole Porter) e um remake de seu próprio clássico, “Mellow Dream”.

Este é um disco de jazz modal elegante, com um swing delicado, que faz você querer ficar em silêncio, fechar os olhos, balançar a cabeça e estalar os dedos.

Newsletter

Recomendado

Ryo Fukui e um pouco da história do Jazz no Japão
Scenery
Mellow Dream
My Favorite Tune

Podcast Recente

Siga-me no Instagram

gabrielvince87

Um clássico

View

Dez 3

Open
Um clássico

Um clássico ...

gabrielvince87

NA MORAL
https://tavernadolugarnenhum.com.br/

View

Dez 2

Open
NA MORAL https://tavernadolugarnenhum.com.br/

NA MORAL
https://tavernadolugarnenhum.com.br/ ...

gabrielvince87

Existem coisas muito interessantes a serem analisadas no mito de Hera.
Normalmente, ela é retratada como uma deusa de temperamento agressivo, hostil, persecutório e ciumento. Sendo esposa de Zeus, não poderia ser diferente. Zeus é conhecido por suas incontáveis aventuras amorosas extraconjugais. Hera, como deusa do casamento, não apenas perseguia as amantes de Zeus, mas também os filhos das relações entre Zeus e essas amantes.
Essas constantes violações de Zeus, reconhecidamente moralmente reprováveis entre os homens, eram mencionadas pelos poetas e mitógrafos sem, curiosamente, que o seu prestígio como deus diminuísse. Nem mesmo essa flagrante injustiça o desabonava como representante arquetípico de justiça. Os pecados de Zeus eram ignorados como pecados pois o homem antigo sabia que a moral dos deuses e a moral dos homens eram tão radicalmente diferentes quanto suas naturezas.
Da mesma feita, Hera, apesar de ser reconhecida como figura hostil (o arquetípico da megera), era também respeitada como uma figura de culto, com templos erguidos e amplamente frequentados nas principais cidades e capitais.
Há também, em sua figura, uma certa dissociação entre poder e submissão.
A deusa era, ao mesmo tempo, temida por deuses e homens, como figura imponente e poderosa, e submissa às ofensas de seu esposo – que, inclusive, era abusivo. Mircea Eliade diz que Zeus, em relação a Hera, tem um comportamento que jamais um chefe de família, mesmo no contexto patriarcal da sociedade grega, ousaria ter com sua esposa: ele a mói de pancadas e, certa vez, chega até a pendurá-la com um grande peso atado aos pés, típico tratamento dado aos escravos.
Essas ofensas eram suportadas por Hera com grande dor, que não se diluía em nenhuma espécie de flagelo salvífico. Hera não era uma santa cristã, não viraria a outra face e não era capaz de transformar todas essas injustiças no peso de uma cruz.
De mãos e pés atados, ela sentia ao mesmo tempo as ofensas de Zeus e a estranha adoração de sua figura. Era a figura clássica da rainha-escrava – algo muito diferente do que viria a ser, na cristandade, a figura de Maria como rainha-serva, que transfigurava o ódio e o ressentimento em serviço.

View

Dez 1

Open
Existem coisas muito interessantes a serem analisadas no mito de Hera. Normalmente, ela é retratada como uma deusa de temperamento agressivo, hostil, persecutório e ciumento. Sendo esposa de Zeus, não poderia ser diferente. Zeus é conhecido por suas incontáveis aventuras amorosas extraconjugais. Hera, como deusa do casamento, não apenas perseguia as amantes de Zeus, mas também os filhos das relações entre Zeus e essas amantes. Essas constantes violações de Zeus, reconhecidamente moralmente reprováveis entre os homens, eram mencionadas pelos poetas e mitógrafos sem, curiosamente, que o seu prestígio como deus diminuísse. Nem mesmo essa flagrante injustiça o desabonava como representante arquetípico de justiça. Os pecados de Zeus eram ignorados como pecados pois o homem antigo sabia que a moral dos deuses e a moral dos homens eram tão radicalmente diferentes quanto suas naturezas. Da mesma feita, Hera, apesar de ser reconhecida como figura hostil (o arquetípico da megera), era também respeitada como uma figura de culto, com templos erguidos e amplamente frequentados nas principais cidades e capitais. Há também, em sua figura, uma certa dissociação entre poder e submissão. A deusa era, ao mesmo tempo, temida por deuses e homens, como figura imponente e poderosa, e submissa às ofensas de seu esposo – que, inclusive, era abusivo. Mircea Eliade diz que Zeus, em relação a Hera, tem um comportamento que jamais um chefe de família, mesmo no contexto patriarcal da sociedade grega, ousaria ter com sua esposa: ele a mói de pancadas e, certa vez, chega até a pendurá-la com um grande peso atado aos pés, típico tratamento dado aos escravos. Essas ofensas eram suportadas por Hera com grande dor, que não se diluía em nenhuma espécie de flagelo salvífico. Hera não era uma santa cristã, não viraria a outra face e não era capaz de transformar todas essas injustiças no peso de uma cruz. De mãos e pés atados, ela sentia ao mesmo tempo as ofensas de Zeus e a estranha adoração de sua figura. Era a figura clássica da rainha-escrava – algo muito diferente do que viria a ser, na cristandade, a figura de Maria como rainha-serva, que transfigurava o ódio e o ressentimento em serviço.

Existem coisas muito interessantes a serem analisadas no mito de Hera.
Normalmente, ela é retratada como uma deusa de temperamento agressivo, hostil, persecutório e ciumento. Sendo esposa de Zeus, não poderia ser diferente. Zeus é conhecido por suas incontáveis aventuras amorosas extraconjugais. Hera, como deusa do casamento, não apenas perseguia as amantes de Zeus, mas também os filhos das relações entre Zeus e essas amantes.
Essas constantes violações de Zeus, reconhecidamente moralmente reprováveis entre os homens, eram mencionadas pelos poetas e mitógrafos sem, curiosamente, que o seu prestígio como deus diminuísse. Nem mesmo essa flagrante injustiça o desabonava como representante arquetípico de justiça. Os pecados de Zeus eram ignorados como pecados pois o homem antigo sabia que a moral dos deuses e a moral dos homens eram tão radicalmente diferentes quanto suas naturezas.
Da mesma feita, Hera, apesar de ser reconhecida como figura hostil (o arquetípico da megera), era também respeitada como uma figura de culto, com templos erguidos e amplamente frequentados nas principais cidades e capitais.
Há também, em sua figura, uma certa dissociação entre poder e submissão.
A deusa era, ao mesmo tempo, temida por deuses e homens, como figura imponente e poderosa, e submissa às ofensas de seu esposo – que, inclusive, era abusivo. Mircea Eliade diz que Zeus, em relação a Hera, tem um comportamento que jamais um chefe de família, mesmo no contexto patriarcal da sociedade grega, ousaria ter com sua esposa: ele a mói de pancadas e, certa vez, chega até a pendurá-la com um grande peso atado aos pés, típico tratamento dado aos escravos.
Essas ofensas eram suportadas por Hera com grande dor, que não se diluía em nenhuma espécie de flagelo salvífico. Hera não era uma santa cristã, não viraria a outra face e não era capaz de transformar todas essas injustiças no peso de uma cruz.
De mãos e pés atados, ela sentia ao mesmo tempo as ofensas de Zeus e a estranha adoração de sua figura. Era a figura clássica da rainha-escrava – algo muito diferente do que viria a ser, na cristandade, a figura de Maria como rainha-serva, que transfigurava o ódio e o ressentimento em serviço. ...

gabrielvince87

Os 10 melhores discos que ouvi esta semana:

The Pointer Sisters – Live at The Opera House (1974)
The Pointer Sisters – The Pointer Sisters (1973)
Diamonds and Pearls - Prince (1991)
Camel - Moonmadness (1976)
Pressure Points – Camel (1984)
Rie Ida & 42nd Street – Step in My Heart (1980)
Rie Ida & 42nd Street – Star (1980)
Anri – Apricot Jam (1978)
Yurie Kokubu – Silent Moon +1 (1990)
Yurie Kokubu – Relief 72 hours (1983)

Curiosidades:

1) Estilos mais escutados por mim foram R&B, Soul, Pop, City Pop, Funk, New Jack Swing, Rock Progressivo e New Wave.

2) Pela primeira vez, nenhum album de Heavy Metal entra na lista, apesar de ter escutado alguns bons discos essa semana.

3) Podem batizar essa semana de Rock and Roll Hall of Fame pois, desta vez, o Iron Maiden não entrou na lista.

4) Você é gay.

View

Nov 29

Open
Os 10 melhores discos que ouvi esta semana: The Pointer Sisters – Live at The Opera House (1974) The Pointer Sisters – The Pointer Sisters (1973) Diamonds and Pearls - Prince (1991) Camel - Moonmadness (1976) Pressure Points – Camel (1984) Rie Ida & 42nd Street – Step in My Heart (1980) Rie Ida & 42nd Street – Star (1980) Anri – Apricot Jam (1978) Yurie Kokubu – Silent Moon +1 (1990) Yurie Kokubu – Relief 72 hours (1983) Curiosidades: 1) Estilos mais escutados por mim foram R&B, Soul, Pop, City Pop, Funk, New Jack Swing, Rock Progressivo e New Wave. 2) Pela primeira vez, nenhum album de Heavy Metal entra na lista, apesar de ter escutado alguns bons discos essa semana. 3) Podem batizar essa semana de Rock and Roll Hall of Fame pois, desta vez, o Iron Maiden não entrou na lista. 4) Você é gay.

Os 10 melhores discos que ouvi esta semana:

The Pointer Sisters – Live at The Opera House (1974)
The Pointer Sisters – The Pointer Sisters (1973)
Diamonds and Pearls - Prince (1991)
Camel - Moonmadness (1976)
Pressure Points – Camel (1984)
Rie Ida & 42nd Street – Step in My Heart (1980)
Rie Ida & 42nd Street – Star (1980)
Anri – Apricot Jam (1978)
Yurie Kokubu – Silent Moon +1 (1990)
Yurie Kokubu – Relief 72 hours (1983)

Curiosidades:

1) Estilos mais escutados por mim foram R&B, Soul, Pop, City Pop, Funk, New Jack Swing, Rock Progressivo e New Wave.

2) Pela primeira vez, nenhum album de Heavy Metal entra na lista, apesar de ter escutado alguns bons discos essa semana.

3) Podem batizar essa semana de Rock and Roll Hall of Fame pois, desta vez, o Iron Maiden não entrou na lista.

4) Você é gay. ...

gabrielvince87

Tá vindo um cara de boné vermelho aí, deve ser do MST.

View

Nov 29

Open
Tá vindo um cara de boné vermelho aí, deve ser do MST.

Tá vindo um cara de boné vermelho aí, deve ser do MST. ...

Onde encontrar o podcast Taverna do Lugar Nenhum?

Redes sociais
Facebook-f Instagram Youtube
Newsletter Semanal
Taverna do Lugar Nenhum – Podcast sobre Alta Cultura Pop. Por Gabriel Vince.
Rolar para cima

NEWSLETTER SEMANAL