Emperor of Sand é o sétimo álbum de estúdio do Mastodon. Foi lançado em 31 de março de 2017 pela gravadora Reprise Records.

A banda trabalhou com o produtor musical Brendan O’Brien, com quem colaborou em seu álbum de 2009, Crack the Skye.

O conceito e a história de Emperor of Sand seguem um andarilho que recebeu uma sentença de morte de um sultão e está condenado a fazer uma jornada no deserto infinito.

As letras foram inspiradas em experiências que os membros da banda tiveram quando familiares e amigos foram recentemente diagnosticados com câncer.

O Mastodon costuma criar os conceitos dos seus discos em cima de tragédias pessoais. O que torna tudo mais pesado e significativo. Crack the Skye, como já disse aqui, é dedicado a Skye Dailor, irmã do baterista (Brann Dailor) que se suicidou aos 14 anos.

O Mastodon é um imã de tragédias pessoais. Me sinto meio sádico em confessar que comecei a prestar mais atenção na banda depois de saber das histórias deles.

Três dos quatro membros do Mastodon foram diretamente afetados pela doença. A mãe de Brann Dailor (baterista) estava passando por uma quimioterapia há algum tempo, a mãe do guitarrista Bill Kelliher morreu de um tumor cerebral enquanto a banda estava gravando o disco e o baixista/vocalista Troy Sanders teve que perder as primeiras sessões de composição enquanto sua esposa recebia tratamento para câncer de mama.

O andarilho andando pelo deserto infinito expressa sentimentos de exaustão, confusão e paranóia.

A tristeza, a raiva e as interrupções periódicas das gravações poderiam ter sido desastrosas para a criatividade da banda, mas os músicos conseguiram usar sua música como um mecanismo de enfrentamento, uma válvula de escape de suas frustrações diárias.

Nesse sentido, Emperor of Sand, assim como Crack the Skye, se vale de uma metáfora literalizada com personagens fictícios em uma jornada críptica, agora emoldurada num cenário de um Oriente Médio mitológico e não num entressonho místico de uma Rússia czarista.

O conceito, a capa (feito por um artista surrealista conhecido como Medusawolf), as letras, os riffs e os solos dão uma feição galvânica de confissão, catarse e exorcismo.

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