Os 39 Degraus é um filme de Alfred Hitchcock de 1935, vagamente baseado no romance de aventura de 1915 de John Bucha, Thirty-Nine Steps.
Richard Hannay (Robert Donat), um pacato civil canadense, se vê envolvido por acidente num jogo de espionagem capitaneada por um grupo chamado “Os 39 Degraus”, que visa roubar segredos militares britânicos.
Depois de ser erroneamente acusado do assassinato de um agente de contra-espionagem, Richard Hannay foge para a Escócia e se envolve com uma mulher atraente chamada Pamela (Madeleine Carroll), enquanto tenta limpar seu nome.
Desde o seu lançamento inicial, o filme tem sido amplamente reconhecido como um clássico. O cineasta e ator Orson Welles se referiu a ele como uma “obra-prima”. O roteirista Robert Towne comentou: “Não é exagero dizer que todo entretenimento escapista contemporâneo começa com ‘Os 39 Degraus’.”
Este filme guarda algumas semelhanças om outros filmes de espionagem de Hitchcock como O Inquilino Sinistro (1926), O Homem que Sabia Demais (1934), Sabotador (1942) e Intriga Internacional (1959).
O filme estabeleceu a quintessência inglesa ‘Hitchcock blonde’ Madeleine Carroll como o modelo para sua sucessão de protagonistas frias e elegantes.
Apesar de apresentar algumas características típicas do diretor, é um filme que destoa um pouco dos padrões hitchcockianos mais conhecidos. É um filme menos cínico e mais convulsivo, assumidamente despretensioso e leve. As cenas de perseguições em alguns momentos chegam a ser buster-keatonianas ou harold-lloydianas pela comicidade cartunesca, fisicalidade e improviso. O humor é menos ácido e sombrio e mais evidente e cristalino, mais baseadas em gags.
Em suma, é um filme muito bom que reune entretenimento despojado e a maestria típica do diretor.