Neil Breen- O puro suco da cultura pop norte-americana

Neil Breen é mais do que um cineasta e ator; ele é um ícone da cultura americana.

Desde 2005, ele escreveu, dirigiu, produziu e estrelou seis longas-metragens de forma independente. E quando digo independente, eu falo pra valer.

Seus filmes são objeto de chacota e se tornaram basicamente o manual mais completo de tudo o que não se deve fazer no cinema.

Não estamos falando apenas de um cinema trash, que normalmente é um cinema despojado e despretensioso. Estamos falando de algo além – que remonta a coisas de Ed Wood.

Com o passar dos anos, tanto a persistência de Breen quanto a isolada aposta em seu próprio material (que ele de fato acredita ser muito bom) acabou angariando a ele inúmeros fãs.

Breen escreve, produz, dirige e estrela cada um de seus próprios filmes. Ele também é responsável pelo design de produção, decoração de cenário, maquiagem, edição de som e elenco, que costuma ser sua roda de amigos. Ele também é o financiador e divulgador de seus próprios filmes.

Os personagens que ele retrata normalmente possuem habilidades avançadas e sobre-humanas, e suas histórias quase sempre têm uma espécie de mensagem positiva e uma crítica social.

Em “Fateful Findings”, filme de 2012, Breen é um hacker que tem poderes sobrenaturais por causa de uma pedra mágica que ele encontrou quando criança. Ele usa suas habilidades para expor a corrupção governamental e corporativa.

Em outros filmes, seu protagonista é uma figura divina, vingativa e messiânica. Em “Pass Thru”, de 2016, por exemplo, Breen interpreta uma entidade que chega do futuro para exterminar 300 milhões de “pessoas más” e inaugurar uma nova era de paz.

Para Breen, seus filmes têm um “senso de responsabilidade social” e refletem o “lado místico ou paranormal da vida”.

Para os que aprenderam a gostar do seu trabalho além das convenções críticas, os filmes de Breen são, ao mesmo tempo, a expressão mais honesta de arte marginal e o resultado mais autêntico do homem comum e da cultura de massa norte-americana em seu estado mais puro.

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O podcast é apresentado por Gabriel Vince. Já foi estudante de filosofia, história, programação e jornalismo. Católico, latino e fã de Iron Maiden. Não dá pra ser mais aleatório que isso.

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