Petitioning the Empty Sky é o segundo álbum de estúdio do Converge. A banda considera este um álbum de compilação, sendo uma coleção de canções gravadas em momentos diferentes.

No geral, foi um disco bem elogiado – embora você possa se deparar ocasionalmente com reviews negativos – que mais parecem ser motivados por incômodos por desacordo de proposta.

Inclusive, a primeira vez que eu ouvi este disco, confesso não ter gostado muito.

No entanto, por mais que você não goste de um determinado disco ou banda, é necessário fazer um exercício de analisar ele dentro da sua proposta.

Petitioning the Empty Sky é um material de metalcore com muita influência de Slayer.

Poderiamos dizer que este disco é muito mais cru do que extremo.

Seu principal atrativo é a energia selvagem própria do gênero. Por ser um ramo da árvore genealógica do Punk, até mesmo as falhas, como os vocais esguelados, desafinados e ininteligíveis, se tornam algo positivo dentro do seu contexto.

A faixa de abertura, The Saddest Day, é o ponto alto do disco. Uma faixa de 7 minutos (bem incomum para o gênero) com mudanças de andamento bem marcadas (bem incomum no gênero).

Uma coisa positiva deste disco é que ele não tende a ser monotônico ou preguiçoso (em termos de composição), sinalizando que a banda desde o começo sinalizava uma tragetória artisticamente ascendente.

No entanto, apesar da honestidade, estamos diante de compositores jovens que são obviamente muito imaturos (e as letras cômicamente niilistas e caóticas são reflexo disso). A impressão geral é que existem boas ideias que se perdem em execuções que podem ser interpretadas como ruins ou viscerai. Temos aqui uma banda de Thrash Metal escondida em toneladas de disformias irritantes de Metalcore.

Em resumo, temos um saldo paradoxal: o disco é bom dependendo da sua boa vontade com o material.

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