Golgo 13 é contratado para assassinar Queen Bee, a segunda no comando de um exército rebelde sul-americano (existe aqui uma CLARA alusão as FARCs), para impedi-la de matar o candidato democrata à presidência dos Estados Unidos (que prometia acabar com o tráfico de drogas no país).

A antagonista da vez é uma mulher libidinosa, revolucionária e com um passado traumático. O filme em certos momentos faz você acreditar que ela poderia representar uma ameaça ao protagonista, mas logo descobrimos que não isso é possível.
A história é realmente dela. Golgo 13 é mais uma sombra durante toda a animação. Ele tem uma única função: finalizar o serviço. E o faz. Simples assim.

Acho impressionante que, depois de tantos anos, a integridade com que ainda representam o personagem esteja imaculada. Isso é lindo. O sujeito é uma rocha em todos os sentidos possíveis. Não existe nuances, degradês ou psicologismos. Com Duke Togo (Golgo 13) contrato é contrato. É “preto no branco”.

O personagem vai morrer quando tentarem “complexificá-lo”, “humanizá-lo” ou “intelectualizá-lo”. Melhorar é piorar. Golgo 13 não liga para empatia e conexão com o público. Golgo 13 é o que é: muito exagerado, dramático, violento e involutariamente cômico.
Esse OVA não tem tanto o brilho da animação de 1983, mas ainda mostra Golgo 13 como Golgo 13: a versão testoteronizada daquelas piadas do Chuck Norris e uma mistura de filme policial e soft porn.

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