Fantasma é o terceiro álbum de estúdio do músico japonês Cornelius, lançado em 6 de agosto de 1997 pelo selo Trattoria.

Este disco merece destaque especial pela inventividade notável do músico.

Inicialmente, o álbum foi recebido com críticas mistas, mas ao longo dos anos, ganhou cada vez mais elogios, sendo considerado uma das obras definidoras do movimento Shibuya-kei.

O crítico W. David Marx descreveu Fantasma como um exemplo brilhante de música alternativa, onde Cornelius costura elementos de Bach, Bacharach e Beach Boys em uma tapeçaria sonora única.

A edição japonesa da Rolling Stone classificou Fantasma em 10º lugar em sua lista dos “100 Maiores Álbuns de Rock Japoneses de Todos os Tempos”.

As faixas de Fantasma foram escritas e gravadas na mesma ordem em que aparecem no álbum, utilizando gravadores de fita magnética digital. Cornelius concebeu o álbum como uma jornada conceitual, uma experiência íntima entre a música e o ouvinte.

A ideia de proporcionar uma experiência envolvente era tão significativa para Cornelius que as edições limitadas do disco no Japão incluíam fones de ouvido estéreo, garantindo uma audição adequada.

Fantasma, como bem observou Stephen Thomas Erlewine, crítico da All Music, é uma construção nítida, dinâmica e agradável de um artista verdadeiramente inventivo.

Este álbum é notoriamente difícil de classificar em um único gênero. Cornelius compõe através de edições, recortes e colagens, levando o ouvinte por diversas dimensões sonoras, sem que possamos antecipar o próximo segundo da música. No entanto, a sensação surpreendente de que tudo se encaixa de maneira coesa é impressionante e, de fato, única. É como se ele fosse um maestro regendo um caos controlado.

Cornelius é experimental, mas sua música permanece harmoniosa, evocando Yes, The Beach Boys e The Beatles.

Fantasma é, sem dúvida, um disco excelente, que demonstra a genialidade e a inovação de Cornelius.

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