Cubo: A Caixa do Medo (2021) é um remake japonês do excepcional filme canadense Cube (1997).
Vou resumir o veredito: odiei.
Este filme, dirigido por Yasuhiko Shimizu, é a definição de desnecessário.
Eles pegaram a premissa do original e a tornaram simplesmente mais lenta, repetitiva e esteticamente genérica. Não há mistério nem um senso claro de progressão. Durante a maior parte do tempo, tive a nítida impressão de que o filme não tinha para onde ir.
Não é que o filme seja ruim. Ele é pior do que isso, ele é esquecível.
As duas continuações de Cube também são ruins, mas nelas ainda há alguma dignidade. O segundo filme, Cube²: Hypercube (entre as continuações, a que mais gostei), é uma esquisitíssima exploração criativa do conceito, e o terceiro filme, Cube Zero, é uma bobagem desgastada, cartunesca e risível — mas, ainda assim, com grandes momentos (como a cena de abertura).
Eu consigo perdoar um filme ruim. Aliás, sou grande defensor de filmes ruins. Para mim, poucos filmes têm dignidade suficiente para serem considerados objetivamente ruins.
Mas tenho completa ojeriza por filmes cuja existência não faz diferença, e este é o caso.