Baseado na tetralogia “Terramar” da escritora americana Ursula Kroeber Le Guin, trata-se da primeira tentativa do Studio no subgênero “espada e feitiçaria” – maravilhosamente ambientado numa Idade Média fictícia que, esteticamente, parece estar entre o medievo andaluzio e o império bizantino.

Nesse universo, há também uma mistura de espiritualidade xamânica ameríndia, com influências de mitologia nórdica e bastante influência filosófica taoista, onde é muito reforçado a importância do equilíbrio essencial do universo (especialmente a importância da morte e da finitude nesse equilíbrio).

Você junta aqui uma história maravilhosa, uma ambientação maravilhosa, um estúdio capaz de fazer coisas maravilhosas e o resultado é um filme que é, no máximo, um “quase lá”.

O problema desse filmn, ao meu ver, está na direção de Goro Miyazaki, filho de Hayao Miyazaki, que não soube trabalhar a lentidão com a mesma maestria do pai – fazendo tudo soar arrastado, excessivamente estóico e sem vida. Até mesmo a lentidão precisa de ritmo.

No entanto, seria injusto dizer que esse filme é fraco apenas por um problema de rítimo – um boa história, uma boa animaão, uma boa trilha e, acima de tudo, uma boa proposta pode suplantar eventuais problemas.

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