Enquanto a segunda temporada vemos basicamente Jimmy no caminho de uma reorientação de sua perspectiva moral, na terceira, o foco parece dar mais atenção a sua relação com o irmão, Chuck.
Chuck é uma figura importante no desenvolvimento da personalidade de Jimmy.
Seu herói, seu irmão e seu inimigo.
Chuck, em si, é uma figura extremamente complexa e ambígua.
Há, nele, ao mesmo tempo, amor fraterno e desprezo pelo irmão – assim como uma ambivalente relação entre inteligência e doença mental.
A combinação de inteligência e arrogância com uma visível patologia psicossomática é catastrófica para Chuck.
Ele é incapaz de aceitar o arrogo de uma mente que seja capaz de vencer pleitos jurídicos formidáveis, adquirir uma cultura assombrosa e que também seja também capaz de lhe pregar peças, inventar doenças inexistentes e colocá-lo em situações ridículas e vexatórias.
“EU NÃO SOU LOUCO!”
A ruína de Chuck nesta temporada é refletida também numa certa ascensão de Jimmy McGill – na premiação da inteligência ladina de Jimmy contra a inteligência tradicional do irmão. Dinâmica interessante.
A cena de Chuck destruindo sua casa no ultimo episódio é um dos espetáculos mais deprimentes da TV.
Melhor que a segunda temporada.