“É muita falcatrua com um pouquinho assim de vadiagem.”
Brother, Gil.
A segunda temporada me pareceu apenas um longo desenvolvimento dos últimos episódios da primeira temporada.
Jimmy ainda não é “Saul Goodman”, mas também não é “James A. McGill” – ele está numa fase de transição – em algum lugar cinzento entre ser alguém que quer fazer a coisa certa, sendo um infeliz e medíocre advogado de “direito geriátrico” – ou ser ele mesmo – um trapaceiro formidável – um dos melhores na arte da falcatrua e vadiagem (nunca foi sobre dinheiro, ele é assim por que ele é bom nisso – muito próximo das motivações de Walter White em Breaking Bad).
O problema dessa temporada é que ela me soou um posfácio desnecessário de tudo aquilo que sabemos e não acrescentou muitas camadas em nenhum dos personagens.
Os 2 ou 3 últimos episódios da primeira temporada já deram conta de explicar como opera sua inconstância moral e as motivações para fazer essa travessia entre “James A. McGill” e “Saul Goodman”, o “Slippin Jimmy with a law degree”.
Parece que eles tinham argumentos para 5 episódios e estenderam para 10.
De qualquer forma, ainda vale pelos méritos de direção e roteiro. Fora que a primeira temporada foi tão boa que acho que me deu combustível suficiente para acompanhar qualquer coisa com estes personagens com genuíno interesse por mais 20 ou 30 episódios – até mesmo desnecessários.