Attack on Titan foi, sem dúvidas, um dos maiores fenômenos do mangá e da animação japonesa recente em termos de popularidade.
Muitos atribuem o sucesso à capacidade de conjugar, com equilíbrio satisfatório, elementos de Shonen e Seinen, atraindo tanto um público jovem quanto adulto. Além disso, há um equilíbrio entre aventura e horror.
O horror aqui é expresso em diversos níveis, desde a própria figura dos titãs como corpos gigantescos, disformes e de carne viva, até as expressões faciais horripilantes espalhadas nos rostos dos personagens.
Muitas vezes chegando em momentos intrusivos e repentinos, essas expressões faciais nos pegam desprevenidos e nos fazem sentir dores viscerais e penetrantes.
Elas podem estar lá para significar medo, raiva ou repugnância, às vezes tudo isso ao mesmo tempo.
Os personagens parecem estar sempre à beira da loucura e da irracionalidade, contrastando com a necessidade de rígida organização de sua sociedade militarizada.
Essa decisão artística de Attack on Titan tem lastro no expressionismo europeu do século XX, movimento modernista que visava apresentar o mundo não apenas de uma perspectiva subjetiva, mas de uma forma tão extrema que a própria realidade era distorcida para evocar um efeito emocional específico.
Abaixo, algumas imagens: