Caramba. Que filme bonito!
O filme demonstra a crença de Takahata de que a animação não precisa se limitar à fantasia infantil. É um dos poucos filmes do Studio Ghibli que não vemos nenhum elemento fantástico ou mágico.
Acompanhamos aqui Taeko, uma mulher solteira que se dedica ao trabalho em Tokyo e decide viajar para Yamagata (ambiente rural) para visitar alguns familiares e participar da colheita de açafrão.
Ao longo da viagem e durante sua estadia nesse cenário campestre, ela vai tendo lembranças da sua infância e o filme se divide entre memórias nostálgicas e imersão na natureza.
O filme todo é uma carta de amor ao Japão rural e um drama adulto de amadurecimento, onde as memórias de infância, personificadas em visões ou flashbacks, temperam o clima de uma narrativa remansosa, de contemplação de uma vida mais simples e harmônica com o campo.
Um dos MELHORES e mais subestimados filmes do Studio Ghibli.