Nightfall é o segundo álbum do Candlemass, lançado em 1987. Este é o primeiro disco com o vocalista Messiah Marcolin, que permaneceu na banda até 1991.
O álbum mantém a qualidade e a identidade do trabalho anterior, ou seja, uma mistura do som fúnebre do Black Sabbath da era Ozzy com a teatralidade da fase Dio. No entanto, em Nightfall, podemos perceber uma influência mais acentuada da era Sabbath com Dio e, em alguns momentos, até mesmo nos lembra do Rainbow. Isso se deve, acredito, à performance operística e cênica, quase pantomímica, de Messiah Marcolin, repleta de expressões e gestos declamados, sem mencionar o seu peculiar figurino de monge beneditino.
Isso tem uma grande influência na música. As palavras são declamadas e acentuadas de forma mais pronunciadas, moduladas na completa imersão do sentido das letras
Assim como no álbum anterior, as letras geralmente seguem uma temática mórbida (inclusive, há uma faixa instrumental que é literalmente uma marcha fúnebre). No entanto, ainda há espaço para outras letras inusitadas, como em “Samarithan”, que possui uma temática cristã e conta a história de um homem que ajudou um andarilho necessitado, sendo recompensado em seu leito de morte com a visita de três anjos e a promessa do paraíso.
Percebemos aqui que a influência do Black Sabbath no Candlemass é profunda, afinal, quem não se surpreendeu ao ouvir o álbum “Master of Reality”, chegando à faixa “After Forever”, e testemunhou uma música que não apenas era uma confissão de fé cristã de Geezer Butler, mas também uma crítica ao neopaganismo e ao ateísmo.
Em suma, Nightfall consegue ser tão bom (e até melhor) que o álbum anterior.
Faixas favoritas: “Bewitched” (que apresenta um dos melhores solos e o melhor clipe do Heavy Metal) e “At the Gallows End”.