“Alien: Romulus” é um filme lançado em 2024 e faz parte da famosa franquia “Alien”.
Dirigido por Fede Álvarez, conhecido por seu trabalho em filmes de terror e suspense, como “Evil Dead” (2013) e “Don’t Breathe” (2016), o filme busca revitalizar a franquia com uma nova abordagem, ancorando-se nas características clássicas dos filmes anteriores, especialmente o primeiro (de 1979) e o quarto, “Alien: Resurrection” (1997).
Do primeiro filme, “Alien: Romulus” traz novamente um recorte de classe e uma involuntária perspectiva filo-marxista ou anti-corporativa do “herói operário”, destacado em um sistema de descartabilidade industrial de indivíduos, onde os valores morais são substituídos por uma ética corporativa.
De “Alien: Resurrection”, este filme resgata o aspecto sombrio-mengeleano “bio-punk” e a obsessão científica pela criação do “organismo perfeito” — embora tenha deixado de lado o humor negro do filme, focando-se apenas em sua herança mais perturbadora.
Há ainda elementos presentes de “Alien³” (1992) e “Aliens” (1986), além de uma leve menção ao injustiçãdo (pela crítica) “Prometheus” (2012).
O enredo se inicia com uma sonda espacial da Weyland-Yutani investigando os destroços do USCSS Nostromo e encontrando um objeto orgânico contendo um xenomorfo.
Em 2142, vinte anos após os eventos de “Alien” e trinta e sete anos antes da sequência “Aliens”, Rain Carradine, uma órfã, trabalha na colônia Jackson’s Star com seu irmão adotivo Andy, um humano sintético reprogramado.
Quando a Weyland-Yutani força a extensão do contrato de Rain, seu ex-namorado Tyler a convence a participar de uma expedição para recuperar cápsulas criogênicas de uma nave abandonada. Essas cápsulas representam uma chance de escapar para o planeta Yvaga.
Andy, cuja habilidade de se conectar ao sistema da nave é crucial, é convencido por Rain e Tyler a se juntar à missão.
Eles partem a bordo da Corbelan em direção à nave abandonada, a Renaissance, uma estação espacial dividida em duas partes, Romulus e Remus, em referência à lenda romana de Rômulo e Remo.
Durante a recuperação das cápsulas, Tyler, Bjorn e Andy acidentalmente despertam facehuggers congelados, ativando um bloqueio total na estação.
Para desativar o bloqueio, Rain instala um chip de um androide danificado, chamado Rook, em Andy, o que não apenas lhe dá acesso à estação, mas também altera sua lealdade para com a corporação Weyland-Yutani — cuja missão principal é preservar os organismos dos Aliens para fins de estudo e manipulação genética.
“Alien: Romulus” está sendo muito elogiado por muitos, sendo até ousadamente colocado como o melhor filme de Alien desde o primeiro, de 1979. Outros, um pouco menos impressionados, o colocam como o melhor filme de Alien desde Aliens de 1986.
Para mim, “Alien: Romulus” é o melhor desde Prometheus (2012) e, possivelmente, o meu quarto filme favorito da franquia. A ordem para mim seria, até o momento: Alien (1979), Aliens (1986), Prometheus (2012) e Alien: Romulus (2024).
Um dos pontos fortes do filme é sua execução, que é quase perfeita. Talvez seja o melhor “survival horror” dentro da franquia, superando até mesmo o filme original em inventividade situacional.
A única coisa que o faz inferior é que ele parece tentar resumir em si o amalgama de todas as ideias da franquia ao mesmo tempo, o que o deixa refém de uma ancoragem nostálgica. Não gosto de reboots que não se assumem como tal.