Alien: A Ressurreição é um filme de ficção científica lançado em 1997, dirigido pelo cineasta francês Jean-Pierre Jeunet. A trama se passa no ano de 2379, cerca de duzentos anos após os eventos de Alien 3, e gira em torno da nave espacial USM Auriga, onde cientistas militares realizam experimentos altamente controversos.

No centro da história está Ellen Ripley, a icônica protagonista da série, clonada pela USM a partir de amostras de sangue coletadas antes de sua morte. Este clone, denominado Ripley 8, possui um DNA misturado com o de uma rainha xenomorfa, o que lhe confere habilidades sobre-humanas, reflexos aguçados e uma conexão psíquica com os xenomorfos. Além disso, Ripley 8 compartilha algumas memórias da verdadeira Ellen Ripley, tornando-a um ser complexo e repleto de conflitos internos.

A bordo da nave Auriga, os cientistas utilizam humanos sequestrados como hospedeiros para criar xenomorfos, cujo desenvolvimento é estudado com grande interesse.

Entre os personagens principais está um grupo de mercenários a bordo da nave contrabandista Betty, composto por Frank Elgyn, Johner, Christie, John Vriess, Sabra Hillard e Annalee Call. Este grupo tem a missão de entregar os civis sequestrados aos cientistas da Auriga.

O caos se instala quando os xenomorfos escapam de seu confinamento e começam a matar todos da nave. Diante da ameaça iminente, Ripley 8 e os mercenários formam uma aliança para tentar escapar e destruir a nave antes que ela possa retornar à Terra com os xenomorfos a bordo.

Sempre considerei este como o pior filme da quadrilogia Alien, mas, ao revê-lo, percebi que encontrei algumas coisas que me agradaram.

É verdade que há momentos em que a história vai longe demais, como a ideia de Ripley ter ressuscitado e se tornado um híbrido de humano com Alien. Sim, com certeza! Também há momentos de vergonha alheia extrema, quase o tempo todo. É justo que os fãs da franquia Alien fiquem frustrados com este filme e alguns até o ignorem na linha canônica? Acredito que sim.

No entanto, parei para pensar: e se não fosse um filme da franquia Alien? Se fosse qualquer outro filme? O que sobraria? Para mim, sobra uma divertida obra de horror freak com humor negro.

Esquecendo todos os filmes anteriores e considerando este como uma obra única à deriva no espaço, podemos dizer que é um filme interessante.

O diretor francês Jean-Pierre Jeunet é sofisticado e consegue criar composições visuais bonitas e criativas (e pensar que o próximo filme dele seria Amélie Poulain, incrível).

O filme é repleto de humor negro e violência – na verdade, é o mais violento desde o primeiro filme. Há cenas perturbadoras, como a mutante no laboratório implorando para ser morta, uma cena que, inclusive, já foi parodiada em South Park e, se minha memória estiver certa, também em Os Simpsons e Rick and Morty.

O design da nova criatura é interessante e, ao ler outras críticas, descobri que não sou o único a achar o híbrido estranhamente fofo. A equipe de mercenários, composta por Winona Ryder, Ron Perlman, Dominique Pinon (para quem não lembra, o mecânico anão paraplégico) e Raymond Cruz (que futuramente faria o Tuco em Breaking Bad – nem lembrava que ele estava neste filme) é divertidíssima.

Onde eu estava com a cabeça ao considerar este filme ruim? Não é um clássico e bagunçou a franquia, mas vejo nele uma comédia gótica-cyberpunk-cartunesca que se destaca bem dentro de sua própria fronteira. Se você não for insuportavelmente sisudo ou excessivamente apegado à franquia, conseguirá curtir.

Se você odeia este filme, dê uma nova chance e venha comentar aqui. Sinceramente, acho que minha memória me traiu.

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