Alien³ (1992) é um filme de ficção científica e terror lançado em 22 de maio de 1992. Este é o terceiro filme da série Alien e marcou a estreia do diretor David Fincher, que mais tarde se tornaria conhecido por dirigir produções como Clube da Luta, Seven, House of Cards, Mindhunter e Love, Death & Robots.
A trama começa com a nave de Ripley, a Sulaco, caindo em um planeta-prisão chamado Fiorina 161, que abriga um grupo de prisioneiros condenados. Ripley é a única sobrevivente do acidente. Ao chegar, ela descobre que Fiorina 161 é uma colônia de trabalho abandonada e que os prisioneiros vivem em um ambiente de isolamento e austeridade religiosa.
A situação se agrava quando um embrião de Alien, anteriormente presente em um dos tripulantes da nave Sulaco, sobrevive ao acidente e agora está solto no planeta. O Alien, ao chegar no planeta, já se hospeda em uma criatura (que dependendo da versão que você estiver vendo, pode ser um boi ou um cachorro), se desenvolve e começa a matar os prisioneiros e destruir as instalações.
Ripley, em estado de choque e desespero, se vê forçada a enfrentar a ameaça alienígena novamente e se une aos prisioneiros e funcionários da colônia para combater a criatura.
Alien³ é conhecido por seu tom sombrio e pela abordagem mais filosófica e introspectiva, em comparação com os filmes anteriores da série. A visão de David Fincher trouxe uma atmosfera única e bastante original em uma narrativa que explora a luta pela sobrevivência e a busca por redenção.
No entanto, o filme enfrentou diversos problemas, desde a filmagem até o conceito, que impediram que alcançasse seu pleno potencial. Inicialmente, Vincent Ward foi contratado para dirigir com a ideia de um planeta de madeira habitado por monges que acreditavam estar enfrentando um julgamento religioso. Contudo, Ward foi substituído por Fincher após a versão de Ward ser cancelada.
Vários roteiros foram considerados antes da versão final, incluindo um escrito pelo autor cyberpunk William Gibson, conhecido por Neuromancer, e um rascunho do roteirista Eric Red. Gibson propôs uma história envolvendo uma estação espacial e um império espacial marxista, enquanto Red apresentou uma trama com fuzileiros navais e uma batalha em uma bio-cúpula. Ambos foram eventualmente descartados.
Fincher, apesar dos desafios, trabalhou no roteiro com Rex Pickett e, posteriormente, com Hill e Giler.
O filme foi bem recebido fora da América do Norte, arrecadando mais de US$ 100 milhões, apesar de ter um desempenho mediano nas bilheteiras americanas e recebido críticas mistas, sendo considerado inferior às sequências anteriores.
Alien³ recebeu indicações ao Oscar de Melhor Efeitos Visuais, além de vários Saturn Awards, um Prêmio Hugo e um MTV Movie Award. Em 2003, uma versão revisada conhecida como Assembly Cut foi lançada e recebeu uma recepção mais calorosa.
Este filme tinha tudo para ser um sucesso, com um diretor promissor, uma franquia que até então só teve acertos e a orientação de um dos mais importantes escritores de ficção científica de todos os tempos. No entanto, infelizmente, não correspondeu às expectativas. Sua execução está longe de ser satisfatória.
Além das inúmeras boas ideias que foram descartadas ou parcialmente usadas, que dão ao roteiro do filme uma sensação incômoda de “poderia ser melhor”, o filme é visualmente cansativo: uma coloração sépia permeia toda a obra, e, em vários momentos, o tom amarelado persistente se torna desconfortável. Cenas de perseguição, ação e suspense são mal conduzidas, tornando o filme não apenas desnecessariamente longo, mas também insuportavelmente chato. O CGI, embora impressionante na época e responsável por algumas indicações a prêmios, envelheceu mal, especialmente quando comparado aos filmes anteriores da franquia, que ainda impressionam.
Alien³ poderia ter sido o melhor filme da franquia, mas infelizmente não conseguiu alcançar esse potencial.
