Fallen é basicamente um disco que, no começo dos anos 2000, acenou para tudo que fazia sucesso na épooca: Pop, Música Eletrônica e Nu Metal.

No entanto, além da orientação comercial sólida, o album dialogáva com o Rock Gótico, o Post-Grunge, o Rock Sinfônico e o Gospel.

Sim, o Gospel.

Tem uma história muito curiosa a respeito disso.

Por conta da musica Tourniquet, o álbum Fallen foi originalmente promovido em lojas cristãs.

A letra tinha uma clara sustentação espiritual cristã, religião assumida da maioria dos membros, o que despertou interesse e entusiasmo na comunidade religiosa ao ponto de ser promovida por Terry Hemmings, o figurão da Provident.

No entanto, isso causou um incômodo pois, primeiro, a banda nunca se afirmou como “uma banda cristã” e, segundo, todas as outras músicas eram profundamente depressivas.

O cristianismo é sim uma das matérias-primas da banda, mas que disputava espaço numa concavidade de temas niilistas e até convivia com certas ideações suicídas. Ou seja, é o que o Rock Gótico sempre fez.

Seria como considerar o Black Sabbath uma banda cristã por conta de After Forever. Erro tão primário quanto considerar a banda satânica por N.I.B.

Enfim, o sucesso comercial e a onipresença radiofônica de músicas como Going Under, Bring Me To Life e My Immortal me afastaram do material. No entanto, sempre achei respeitável o fato do disco já lançar de cara 3 grandes hits e, ouvindo aqui, são músicas bem legais.

Hoje eu escuto o disco com mais paciência e posso dizer que é um material bem decente – especialmente as músicas menos conhecidas como Haunted e Whisper.

Ótimos arranjos, harmonias vocais bem colocadas, boa instrumentação, boas letras e até uma boa personalidade própria.

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