O segundo filme de Scorsese é possivelente um dos mais fracos de sua carreira.
Situado no sul dos Estados Unidos durante os anos da Grande Depressão, “Sexy e Marginal” é um Railroad Movie que conta a história de “Boxcar” Bertha Thompson (Barbara Hershey), uma jovem que se envolve em uma vida de assaltos, assassinatos e prostituição.
Scorsese é reconhecido por sua habilidade em analisar a psicologia dos pecadores. Normalmente, seus vilões, mafiosos e vagabundos são meticulosamente dissecados em camadas profundas. No entanto, a profundidade certamente não é o ponto forte deste filme, e acredito que nem seja a sua intenção.
Tudo parece superficial e apressado, apesar de algumas cenas divertidas.
O filme, na verdade, não se assemelha em nada ao típico estilo de Scorsese, com exceção de algumas cenas, como aquelas com inserções sutis de imagens católicas, como a cena da crucificação do personagem Big Bill Shelly (David Carradine) no final do filme, que é pitoresca.
É evidente que o dedo do produtor, Roger Corman, é mais perceptível do que a marca característica de Scorsese neste filme. O resultado final parece se aproximar mais do estilo exploitation, sugerindo que a intenção do filme era simplesmente provocar com cenas de sangue e nudez.
Em resumo, “Sexy e Marginal” está longe de representar o melhor de Scorsese.