“O homem que sabia demais” é um filme de suspense de Hitchcock de 1956.
Trata-se de uma refilmagem de um filme homônimo de 1934, também dirigido por Hitchcock.
Alguns críticos dizem que a versão original é melhor, mas que Truffaut diz que não.
Não importa, um filme deve provar seu valor por si mesmo.
Existem momentos nesse filme que são pura demonstração de genialidade hitchcockiana. A cena do teatro (perto da conclusão do filme), por exemplo, é uma cena conduzida com uma precisão matemática magistral de cortes e focos em harmonia com a trilha sonora diegética da orquestra. Uma aula de cinema.
No entanto, o roteiro de John Michael Hayes parece um conto ruim de Agatha Christie serpenteado com muitas piadinhas que parecem ter sido muito engraçadas no texto datilografado (e apenas ali).
Terminei o filme tendo a impressão de ter visto um filme ruim muito bem dirigido.
É um dos poucos filmes do Hitchcock que não conseguiu me empolgar, embora eu ainda veja traços de brilhantismo aqui e ali.