Evilspeak é um filme de terror americano de 1981.

Acompanhamos a turbulenta rotina de um jovem cadete chamado Stanley Coopersmith, que é frequentemente alvo de bullying por seus colegas e conselheiros da academia militar.

Essa academia militar possui uma misteriosa capela que guarda em seu porão uma biblioteca dedicada ao ocultismo.

Coopersmith acha esses livros e, com o auxílio de um computador, traduz os rituais de invocação do mal para se vingar dos seus colegas e superiores.

A história é muito, muito boba.

Além disso, trata-se de um rip-off excêntrico e descarado de Carrie. Isso fica especialmente evidente nas últimas cenas, onde Coopersmith realiza sua vingança catártica.

O que me interessou mesmo no filme é o conceito.

A entidade satânica é invocada pelo computador enquanto Coopersmith vai digitando o ritual para libertá-la.

No monitor, vai aparecendo, vez ou outra, uma animação de uma estrela de cinco pontas em neon, como se fosse a abertura de um jogo de vídeo-game antigão.

Coopersmith pratica o ritual como se estivesse tentando digitar algum password ou algum código para desabilitar alguma feature.

A mistura inusitada de magia e tecnologia me pegou de surpresa.

Ao mesmo tempo que o filme é sobre ocultismo e satanismo, seu estilão é meio Cassete-Punk e retro-futurista – e combina muito bem com a trilha sonora que mistura sintetizadores doidões dos anos 80 e corais tétricos de filmes de satanagem.

O filme também é bem servido de GORE.

Há cenas grotescas de porcos comendo carne humana, corações sendo arrancados com a mão e cabeças sendo decepadas. Alguns efeitos muito bons, outros tão ruins que são bons.

O filme foi banido por vários anos na Inglaterra devido ao Video Recordings Act de 1984, que vigorou até 1987 e proibia a exibição e circulação de qualquer material sexualmente explícito ou que continha cenas de violação, mutilação, tortura e coisas semelhantes.

Isso deu uma publicidade imensa ao filme – pra variar.

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