Iron Maiden: Steve Harris e Paul Di’anno em 5 Músicas

Hoje, dia 17/05/2023,  Paul Di’anno faz 65 anos.

Apesar de não gostar de absolutamente nada do que ele fez na carreira solo, acho que sob a regência de Steve Harris ele fez coisas incríveis.
Segue uma lista de 5 músicas que pra mim resumem bem o seu legado:

Prowler

Trata-se de uma música sobre um indivíduo perturbado, onanista e perigoso que se move furtivamente pela noite matando mulheres, enquanto se masturba.
Achou incômodo e de mau gosto? Essa era a intenção. Não preciso nem dizer que essa música seria proibida hoje em dia, né?
As pessoas não fazem ideia do quanto o Iron Maiden foi importante para a abertura para o Heavy Metal ficar mais extremo (antes de todo mundo, inclusive do Venom).
Quando digo que o Iron Maiden já foi a banda mais extrema da sua época, músicas como essa e a própria “Iron Maiden” se sobressaem como exemplo.

Strange World

Essa música é simplesmente única na carreira do Iron Maiden. Ela fala sobre um sentimento de alienação e estranheza em relação ao mundo ao redor, retratando uma sensação de deslocamento e incompreensão em relação à realidade, com o eu lírico expressando sua dificuldade em se encaixar e entender as pessoas e eventos que o cercam.
A influência do Rock Progressivo no Iron Maiden sempre foi evidente e essa música em especial sangra Pink Floyd para todos os lados.

Phantom of the Opera

De longe, é a composição mais complexa e grandiosa da era Di’anno, que combina elementos de heavy metal, hard rock e rock progressivo. Ela é repleta de reviravoltas musicais, mudanças de ritmo e uma estrutura elaborada que mostra muito mais do que a habilidade técnica e o entrosamento dos músicos, mas a capacidade de regência de Steve Harris em combinar de forma orgânica e fluida elementos díspares na mesma faixa. Steve Harris não é apenas o líder, mas o condutor da banda.

Prodigal Son

A música mais criminosamente injustiçada da era Di’anno, na minha opnião. Ela é tão única na carreira da banda quanto Strange World. “Prodigal Son” apresenta uma atmosfera melancólica e introspectiva, com uma combinação de elementos acústicos e elétricos, com muita, mas MUITA influência de Genesis (banda preferida de Steve Harris).
E a letra? Talvez a melhor do Maiden nessa época. Ela faz referência a uma parábola bíblica que descreve um filho que sai de casa, desperdiça sua herança e acaba vivendo uma vida desregrada.
Temos aqui o fragmento de um indivíduo que descreve os sentimentos de remorso, arrependimento e um desejo incalculado de reconciliação.
O Iron Maiden nessa época tinha duas obssessões: serial killers (Prowler, Sanctuary, Innocent Exile, Killers) e pessoas desorientadas (Running Free, Strange World, Remember Tomorrow, Prodigal Son)

Purgatory

Essa música é uma antecipação do The Number of the Beast. A entrada de temas como perturbação cósmica, pesadelos e o homem desesperado em inquietação espiritual.
Os riffs de guitarra marcantes e energéticos, além de um ritmo acelerado e empolgante característico transmitem toda egrégora da letra refletindo uma sensação de urgência e desespero.
Isso aqui não é Punk, não é Rock Progressivo, é Heavy Metal na sua mais cristalina expressão.

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O podcast é apresentado por Gabriel Vince. Já foi estudante de filosofia, história, programação e jornalismo. Católico, latino e fã de Iron Maiden. Não dá pra ser mais aleatório que isso.

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