O segundo livro das Geórgicas de Virgílio tem como tema principal a agricultura, mas seu foco reside na adoração à natureza e ao engenho humano que a aperfeiçoa.
Assim como o primeiro livro, inicia-se com um poema abordando as divindades associadas aos assuntos em debate: a viticultura, as árvores e a oliveira.
Nas próximas cem linhas, Virgílio aborda a floresta e as árvores frutíferas. Sua propagação e crescimento são descritos detalhadamente, destacando o contraste entre métodos naturais e aqueles que requerem intervenção humana.
Três seções sobre enxertia (método de união do tecido de duas plantas) despertam particular interesse, apresentando-se como maravilhas da alteração da natureza pelo homem.
O poeta retorna à narrativa didática, discorrendo ainda mais sobre as vinhas, enfatizando sua fragilidade e a laboriosidade envolvida.
Um alerta sobre os danos causados aos animais proporciona a oportunidade de explicar por que as cabras são sacrificadas a Baco.
A oliveira surge então em contraste com a videira, exigindo pouco esforço por parte do agricultor.
O próximo tópico, finalmente afastando-se da videira, aborda outros tipos de árvores: aquelas que produzem frutos e as que possuem madeira útil. Virgílio relembra o mito da batalha dos Lápitas e Centauros em uma passagem conhecida como Vituperação das Vinhas.
O restante do livro é dedicado a exaltar a vida simples do campo em detrimento da corrupção da cidade.