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A nova mente do Imperador - Roger Penrose
Sobre computadores, mentes e leis da física
O livro A Nova Mente do Imperador, do físico Roger Penrose, premiado com o Nobel de Física em 2020, propõe uma interessante reflexão sobre a mente humana, a inteligência artificial (IA) e as limitações (ou mesmo as impossibilidades) das máquinas em “replicar” a consciência humana.
Penrose desafia a visão predominante que viciou o debate público que pressupõe que a mente humana pode ser reduzida a processos computacionais.
Esse debate não é novo e já estava sendo gestado ha muito tempo e, até de forma compreensível, ele se estabeleceu na academa.
Historicamente, as máquinas ampliaram as capacidades humanas, permitindo, por exemplo, viajar rapidamente entre continentes ou explorar o espaço. Com a chegada dos computadores, surgiu a ideia de que a última fronteira seria a mente humana. Isso trouxe tanto esperança — de que os humanos poderiam se tornar “super-humanos” — quanto receio, de que as máquinas pudessem substituir os humanos.
Penrose critica a ideia de que as máquinas podem “pensar” ou “sentir” da mesma maneira que os seres humanos. As pessoas olham pra máquina e tentam atribuir nelas suas próprias características, quase como uma crise dissociativa.